Retorno Amargo

retornoConta se que um jovem soldado que finalmente estava voltando para casa, depois de ter lutado numa guerra muito sangrenta.
 
Ele ligou para seus pais e disse-lhes:
 
- Mãe, Pai, eu estou voltando para casa, mas, quero lhes pedir um favor. Eu tenho um amigo que eu gostaria de trazer comigo.

- Claro, filho, nos adoraríamos conhecê-lo!
- Mas, há algo que vocês precisam saber, ele foi terrivelmente ferido na guerra; pisou em uma mina e perdeu um braço e uma perna.

Ele não tem nenhum lugar para ir e, por isso, eu quero que ele venha morar conosco.
 
- Puxa filho, não é fácil cuidar de uma pessoa com tantas dificuldades assim... Mas, traga-o com você, nós vamos ajudá-lo a encontrar um lugar para ele. 

- Não, mamãe e papai, eu quero que ele venha morar conosco.

- Filho, nós não podemos assumir um compromisso tão grande assim. Ele não seria feliz morando aqui conosco. E nós perderíamos um pouco da nossa liberdade. Vamos achar um lugar em que cuidem bem dele.

- Está certo, papai, o senhor tem razão!

Alguns dias depois, no entanto, eles receberam outro telefonema, da polícia. O filho deles havia cometido suicídio, num hotelzinho de beira de estrada numa cidade vizinha, bem perto deles.

Quando eles foram fazer o reconhecimento do corpo descobriram que o "amigo" do qual o rapaz falara era ele mesmo, que havia sido gravemente ferido na guerra e escondera o fato de seus pais, com medo de não ser aceito por eles.

3 Comentários

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  1. Que Post Fantástico!
    Amigo,
    A mensagem é profunda e nos remete a profunda reflexão... O quanto a força das palavras leva a conseqüências imprevisíveis e até fatídicas.
    Contagiou. Mexeu. Valeu.
    Abraços,
    LISON.

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  2. @LISON
    Sem dúvida, amigo Lison, Vamos sempre nos lembrar da força das palavras e saber como bem usá-las, para alegrar ao invés de entristecer, acarinhar e não ferir, consolar e não irritar.
    Um forte abraço, Ah, obrigado por visitar meu blog

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